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Campus Várzea Grande: Alunos de escola do Rio Grande do Sul estudam pesquisa de professora

Publicado por: Campus Várzea Grande / 14 de Julho de 2016 às 08:48

Na próxima terça-feira, 19 de julho, pequenos cientistas apresentarão suas descobertas na Feira de Ciências da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel de Minas Leão, no Rio Grande do Sul. Para isso, os estudantes da Turma 41, do 4º ano, realizaram uma pesquisa para saber a qualidade da água do ar-condicionado de sua escola, incentivados pela professora Janaína Elizandro Visnievski, através da pesquisa da professora do Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT Campus Várzea Grande, Sandra Maria de Lima.

A professora Janaina Elizandro Visnievski, que desenvolve um trabalho de incentivo à pesquisa nos anos iniciais do ensino fundamental, assistiu a matéria sobre a pesquisa da professora Sandra (veja AQUI) e lançou aos seus alunos a mesma pergunta: Vocês beberiam essa água? "A reação dos alunos foi de espanto!"

Janaína, então, iniciou o trabalho em março deste ano, falando sobre os estados físicos da água a partir de experiências práticas e montando as moléculas da água com lego. Segundo a professora, após isso, receberam a visita de um técnico de ar-condicionado, "que explicou a eles o funcionamento do aparelho" e depois um estudante de Física da PUCRS, Ruan Gonçalves, "deu a eles uma explicação mais lúdica com noções de Física e Química quanto à analise da água coletada pelos alunos". A análise foi realizada pelo Laboratório de Ecologia da UFRGS e contou com o apoio do Professor Leandro Duarte. O projeto contou também com o apoio de Sandra, que gravou um vídeo para os alunos (assista AQUI), incentivando-os e elogiando o trabalho da turma.

Segundo Janaína, após analisar o resultado da água coletada na escola, o resultado foi satisfatório, “o que deixou os alunos surpresos e felizes por saberem que, além do reaproveitamento da água do ar-condicionado para irrigar plantas e lavar o pátio, por exemplo, agora podem dar um destino mais nobre para essa água, depois de tratada”. Outro dado que surpreendeu os alunos, foi a quantidade de água coletada em um mês oriundas de 10 aparelhos de ar condicionado que tem na escola. "Após os cálculos, os alunos descobriram que se cada aluno (400 alunos) bebesse meio copo de água por dia (100 ml), teríamos água por 3 meses e 5 dias proveniente dos aparelhos!", explicou.

“Foram muitas etapas durante o projeto, todas realizadas com muito comprometimento pelos alunos, mas a disponibilidade, a atenção e o afeto da pesquisadora Sandra Maria de Lima, deu aos alunos uma nova perspectiva quanto à pesquisa”, salientou a professora Janaína.

Os pequenos pesquisadores ficaram tão felizes e satisfeitos, que também gravaram depoimentos para Sandra. Felipe Longaray, de 10 anos, disse que a parte que mais gostou foi quando Ruan, estudante da PUC, os visitou e explicou melhor como funcionava o ar-condicionado e o H²O. Letícia Oliveira, também de 10 anos, contou que aprendeu muita coisa neste projeto e a coisa mais importante foi de que a água do ar-condicionado se for bem tratada, dá para beber sim (veja AQUI) e, "se todos nós bebêssemos e usássemos para trabalho doméstico, nosso mundo iria gastar muito menos água e o meio ambiente agradeceria". Melissa Trojahn diz ter gostado da experiência com o lego, que mostrou os átomos e estados da água. (Outros estudantes também enviaram seus depoimentos, que podem ser vistos no Canal do YouTube)

Sandra ficou imensamente realizada por ver estudantes tão jovens fazendo ciência. Para ela, “Esta ação da professora Janaína, de levar pra sala de aula de crianças do ensino fundamental um projeto de pesquisa e desenvolver uma metologia adequeda para crianças, é uma ação educativa eficaz, que promove a criatividade e, mais que isso, desperta a responsabilidade de cada um para o mundo e ele se vê capaz de fazer algo que vai mudar o mundo e colaborar para o meio ambiente”. Além disso, são investimentos como esse que proporcionam verdadeiros avanços na educação do país.

Outra questão, explicou Sandra, é desmistificar a ciência, mostrando que ações corriqueiras, bem próximas de nós, precisam da ciência para serem resolvidas, e isso é possível para todos e é acessível inclusive para crianças. “Essa ação da professora Janaína nos presenteou com 22 cientistas mirins”, finalizou Sandra.

Ascom/Campus Várzea Grande/IFMT - Jornalista/Cristiane G. Fronza

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