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Graduandos em Agronomia visitam SAF para aplicar conhecimento em ornamentação do Campus Confresa

Publicado por: Campus Confresa / 19 de Junho de 2018 às 10:23

Os estudantes do curso de Agronomia fizeram uma visita técnica a um Sistema Agro Florestal - SAF no município de São Félix do Araguaia, no dia 05/06. A ação foi coordenada pelo professor mestre em Agronomia, Yuri de Oliveira Castro, que ministra a disciplina de Floricultura e Paisagismo.

O objetivo da visita ao Sítio Bioma, Despolpadeira Araguaia, viveiro e horta medicinal da Ansa foi " buscar ideias para podermos aplicar aqui no campos", resume o professor. "Ver de que forma ele (Diego prop. do sítio Bioma ) coloca na mesma área várias espécies diferentes: palmeira junto com uma árvore, arbusto com uma gramínea. Quando a gente pensa em Agro floresta tem os extratos vegetais: o superior com árvores maiores que dão sombra para árvores que não crescem a pleno sol, estas no extrato intermediário e na parte rasteira você tem as gramíneas e os mini arbustos", explica Yuri.

O professor aprovou um projeto de ensino no Edital 028 que prevê aplicação prática dos conhecimentos visualizados durante a visita técnica: "aprovamos o projeto dentro da disciplina de Paisagismo para arborizar o Campus usando espécies nativas do cerrado. A gente não vai usar nada exótico, inclusive isso é uma linha de pesquisa de doutorado ( potencial ornamental das plantas do cerrado) de um amigo meu que no semestre passado veio e ficou uns quatro dias aqui, nos quais ofertou mini cursos para nossos alunos. A gente vai fazer aqui arborização, mas em forma de SAF com espécies nativas e frutíferas do nosso bioma", diz Castro.

"Aqui no nosso caso, a ideia é usar no extrato superior árvores frutíferas a exemplo do Baru (Dipteryx alata) e a bacaba (Oenocarpus bacaba); mangaba (Hancornia speciosa) e murici (Byrsonima crassifolia) no extrato de médio porte, e as rasteiras queremos plantas medicinais", adianta. "Como o solo do nosso Campus está compactado é preciso fazer covas grandes, o Diego num chama cova, ele chama berço", provoca o mestre.

Para o discente João Paulo, a visita significou "um vasto conhecimento adquirido, saber que existem inúmeras maneiras de conservar o solo, água e minimizar os danos provocados pelo extrativismo, e com isso você conseguir restabelecer um equilíbrio entre as plantas, animais e ao mesmo tempo permite oferecer produtos, incrementando a geração de renda das comunidades agrícolas".

Durante a visita à despolpadeira da Ansa e no viveiro de produção de mudas os alunos puderam visualizar todo um ciclo: o viveiro recebe as sementes da despolpadeira, produz as mudas e depois volta essas mudas para os produtores, para eles poderem plantar, e assim aumentar a oferta de frutas, diminuindo o extrativismo. "Não que o extrativismo seja ruim, mas a prática cria um modo de aumentar o número de espécies, que em muitos casos estão em extinção ou isoladas em bolsões, as vezes separados por cinquenta quilômetros de distância sem corredores que possibilitem a troca de material genético. A tendência dessa populações é sucumbir com o passar dos anos porque está isolada, sem animais para espalhar as sementes", comenta o professor.

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