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Setembro Amarelo: IFMT Campus Sorriso realiza “Roda de Conversa” com psicólogos e comunidade acadêmica

Publicado por: Campus Sorriso / 16 de Setembro de 2019 às 23:17

Em média, 32 pessoas tiram a própria vida todos os dias no Brasil. Esta estatística, divulgada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), foi uma das informações apresentadas na noite desta segunda-feira (16) aos participantes de uma roda de conversa sobre prevenção ao suicídio realizada no auditório do IFMT Campus Sorriso como parte das ações do IFMT na campanha “Setembro Amarelo”.

A atividade - aberta à participação da comunidade acadêmica – foi organizada pelo departamento de Ensino da escola pública federal, e contou com a presença de cinco psicólogos que responderam a perguntas feitas pelo público acerca da rede de assistência disponível a pessoas com intenções suicidas e das diferentes formas se identificar uma situação de risco de suicídio entre as pessoas que compartilham espaços de convívio social como a casa, a escola, ou trabalho.

“Estar envolvendo, se cercando, observando, chamando a família, chamando no canto, perguntar se está tudo bem. São coisas simples, mas que fazem uma diferença enorme”, comenta a psicóloga Fernanda Maria Hellebrand Martins, que atua em Sorriso há 30 anos. Para ela, a escola é um núcleo importante para a atuação na prevenção ao suicídio. “Hoje o suicídio está justamente entre os adolescentes”, explica, citando uma estatística mundial que aponta que, na faixa etária de 15 a 19 anos, o suicídio corresponde à segunda principal causa de morte entre meninas e a terceira entre meninos.

Ao longo da noite, ao responder os questionamentos do público, Fernanda e os colegas Bruna de Oliveira, Márcio Coletti, Fabíola Slaviero e Gilmara de Siqueira orientaram sobre a busca por tratamento, comentaram o papel das mídias sociais – se usadas corretamente - como instrumentos de suporte, e discutiram outras questões que se relacionam com o problema em debate, como a acessibilidade e a eficácia das políticas públicas voltadas à saúde mental, o papel dos educadores na prevenção ao suicídio de estudantes, a importância da saúde mental das próprias pessoas que buscam ajudar quem está numa situação de vulnerabilidade, e ainda algumas questões culturais que tanto ajudam a mascarar o problema quanto limitam a capacidade de atuação dos profissionais de saúde no tratamento.

Os convidados elogiaram a organização do IFMT Campus Sorriso em promover o debate e em prover, por meio do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne), um serviço de atenção aos estudantes que dá suporte a situações da vida escolar e que, eventualmente, demandam encaminhamentos para atendimento médico especializado, seja psicoterápico ou psiquiátrico.

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