Emanuela Esganzela, 19 anos, estudante do curso Técnico em Desenho de Construção Civil Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT Campus Várzea Grande, parte para a Espanha em meados de setembro para realizar um intercâmbio de duas semanas na Universidade de Salamanca. Emanuela participou, durante o primeiro semestre de 2019, do curso de Cultura e Língua Espanhola da Escola de Língua Espanhola da Universidade de Salamanca (ELE-USAL Cuiabá), fruto do acordo de colaboração entre as instituições.
O professor nativo Jorge Caballero já realiza o curso no campus pelo terceiro ano consecutivo, no qual 15 (quinze) estudantes de diferentes cursos, semestralmente têm a possibilidade de avançar em seu aprendizado em língua espanhola. Segundo Jorge, "o curso finalizou com a realização da prova de assimilação de conceitos, que permitiu aos alunos com maior pontuação a possibilidade de fazer um intercâmbio por duas semanas na cidade de Salamanca, onde terá a continuidade do curso de espanhol, acompanhado de diferentes atividades culturais e a possibilidade de intercambiar experiências com alunos de diferentes países, assim como com a família que acolherá o intercambista".
A estudante selecionada disse que não acreditava que iria conseguir ser aprovada para o intercâmbio: "inicialmente meu objetivo era aprofundar meus conhecimentos na língua espanhola, mas com bastante força e estudo consegui ter um bom desempenho e ganhar". "Quando recebi a notícia que havia ganhado fiquei extremamente feliz! Visitar a cidade histórica de Salamanca é uma oportunidade maravilhosa e agradeço muito ao IF por isso, pois vou aprender sobre o espanhol, um dos meus idiomas preferidos, na Espanha, tendo uma interação com as pessoas de lá, aprendendo também sobre novos costumes e culturas", afirmou Emanuela, que já começou os preparativos para a viagem.
Para Fernanda Zanata, psicóloga do campus, o curso é uma oportunidade de crescimento pessoal para um estudante adolescente do ensino médio e "percebo que eles ficam muito entusiasmados com a possibilidade de fazer um programa de intercâmbio que, para muitos, é um sonho, e financiado pela instituição de ensino pode ser a única chance de realização".
"O programa de intercâmbio oferece não só a chance de aprimoramento de um idioma, mas também desenvolve a independência e o autoconhecimento, pois em uma viagem aprende-se muito sobre si mesmo, o mundo e como se relacionar com as pessoas. Estar em outro lugar, sozinho, longe da família aprendendo coisas novas e conhecendo pessoas e culturas diferentes pode afetar de maneira bastante construtiva o ser humano. É um processo vivenciado de maneira muito particular que envolve, sim, entusiamo e expectativas, mas também medos, receios e insegurança, tanto dos estudantes quanto dos pais". Para os três intercambistas de Salamanca, foi a primeira viagem internacional e, provavelmente, a maior maior quantidade de tempo longe dos pais, "por isso é importante o trabalho da equipe multidisciplinar da instituição, que tem o papel de acolher, dar suporte e orientar estudantes e pais nesse processo", explicou Fernanda.
A psicóloga explicou, ainda, que "na maioria das vezes, percebemos transformação positiva dos estudantes, a experiência pode contribuir de maneira construtiva no desenvolvimento da autonomia, construção da singularidade de cada um, seu papel no mundo e perspectivas profissionais". "Os dois estudantes que fizeram o intercâmbio nas oportunidades anteriores relatam o quanto foi construtivo para ambos e como corroborou em suas vidas pessoais e profissionais. Gabriel (1º intercambista do programa) hoje trabalha em uma companhia aérea e a Tânia (2ª intercambista) cursa Matemática na UFMT, tendo obtido a primeira colocação", finalizou Zanata.
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