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Campus Alta Floresta: Atividade na disciplina de Artes envolve alunos nas manifestações da cultura hip hop

Publicado por: Campus Alta Floresta / 19 de Abril de 2016 às 16:38

No dia 15 de abril, o Campus Alta Floresta realizou a atividade Abril pro Hip Hop. Os alunos do segundo ano do Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio, coordenados pelo professor de Artes, Eduardo Machado dos Santos, se debruçaram sobre os elementos dessa cultura de rua e movimento social, surgido em Nova York na década de 1960 e hoje umas das vertentes mais expressivas da juventude, um grito da periferia dos grandes centros de diversos países.

O professor Eduardo explica que “mais do que um estilo musical ou um modismo, o hip hop é uma resposta política e social através das artes visuais, da poesia, da música e da dança. Uma expressão artística de cunho contestatório, na qual em meio às palavras, os jovens expõem a necessidade de mudança, fazem uma antecipação do possível, uma ação concreta sobre a realidade afim de transformá-la. Este evento realizado no Campus Alta Floresta foi, antes de tudo, uma homenagem a todos os adeptos do movimento hip hop, hoje uma grande nação que congrega excluídos do mundo inteiro”.

Entre as tarefas realizadas pelos alunos, que se organizaram em grupos, estavam os elementos que compõem o hip hop: o grafite, o MC (Mestre-de-cerimônia), o DJ (Disc-Jóquei) e o Break. Cada grupo realizou um projeto para grafitagem, uma composição de rap, pesquisa de bases musicais e dança e apresentaram aos demais na culminância da atividade, realizada no Ginásio Municipal de Alta Floresta Chico da Brahma. Entre os temas escolhidos pelos grupos, podemos destacar a desigualdade social, a luta contra a corrupção, o preconceito e desvalorização da mulher na nossa sociedade. O trabalho em equipe foi um dos aspectos mais valorizados ao longo da realização da atividade. Os alunos tiveram que lidar com a divergência de opiniões dentro do grupo desde a escolha do tema até a definição de cada um dos elementos que compõem o trabalho, além da divisão de materiais para realizá-lo.

Para a aluna Isamara Souza da Costa, “o Abril pro Hip Hop foi uma manifestação artística muito interessante. Aprendemos sobre a importância de expressar e interpretar as várias culturas que possuímos. A cada etapa do projeto tínhamos que elaborar uma ideia e a partir dela produzir o trabalho. Isso fez com que pensássemos, fez com que analisássemos a realidade, os problemas e buscássemos possíveis soluções ou críticas. Foi surpreendente como todos se dedicaram a fazer o trabalho e os grafites apresentados. Enfim, o projeto foi bem planejado e realizado com sucesso.”

As alunas do grupo “Freedom”, retratam a experiência como “algo diferente e inovador, aperfeiçoando e descobrindo talentos.” Destacam “o trabalho em grupo, o ato de lidar com as diferenças e opiniões divergentes, a cooperatividade.” Os alunos do grupo intitulado “The Kings: todos podem ser rei” escolheram como tema a desigualdade, no qual abordaram grandes problemas, eles dizem: “Tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais a respeito da cultura hip hop, que, infelizmente, muitas pessoas julgam, desconhecendo a sua origem e importância”. O grupo intitulado de “Vamos à luta”, escolheu um tema sobre o direito que aborda a corrupção. Eles apontam que “com tanta desigualdade em nossa população, tentamos mostrar que podemos reverter essa história, lutando pelos nossos direitos, indo à luta sem medo. Foi uma experiência espetacular, na qual aprendemos e ensinamos novos conhecimentos”. Para o grupo “Mulherzinha”, “nossa ideia foi uma chance de manifestar uma opinião de liberdade da mulher, usando um grafite como porta-voz do poder da mulher negra e do rap, uma forma de manifestar momentos que as mulheres, no geral, passam ao longo da vida, como abuso verbal, sexual e a opressão desde que nascem.

Como aponta o aluno Vitor Augusto da Silva, “esse trabalho mostrou um lado dos alunos que na sala de aula dificilmente seria revelado, o talento artístico. Também ao fazer o grafite demonstraram um grande senso crítico e uma grande criatividade.”

“Durante o planejamento e execução do trabalho, pude perceber o quanto nossa turma mobilizou-se para a realização, mesmo com o tempo curto que tivemos. Antes eu desconhecia as práticas que envolvem o Hip Hop, mas durante o trabalho pude rever meus conceitos sobre o que realmente é Hip Hop. Gostaria que mais atividades como essa fossem incentivadas, pois essas práticas engrandecem o nosso conhecimento e aprimoram nossa liberdade de expressão”, comentou a aluna Joice de Souza.

A atividade foi realizada dentro do Componente Curricular de Artes, apenas para as turmas de segundo ano. Os resultados serão compartilhados em breve com as demais turmas e servidores do Campus.

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