Dezoito dias de aprendizados para a vida. Assim os estudantes do campus Cuiabá – Cel. Octayde Jorge da Silva Gabriella Lubas Korkiewicz, 15 anos e Victor Muraro Silva Borges, 17 anos, classificaram o período em que passaram na cidade espanhola de Salamanca, ao desembarcar em solo cuiabano na sexta-feira (24).
Junto com Ellen Danielly Martins Miranda, aluna de Gestão Pública do campus Barra do Garças, que seguiu a viagem de volta para casa, eles foram selecionados, entre 70 candidatos, para um curso de Língua e Cultura Espanhola – Edital 99/2019, lançado pela Diretoria Sistêmica de Relações Internacionais (DSRI) em setembro De 2019. O curso foi dividido em Gramática da Língua Espanhola, em um período, e Conversação e Redação no turno seguinte.
“No primeiro dia passamos por um teste de nivelamento, contendo 50 questões abordando assuntos do dia-a-dia. Ao fim do dia já sabíamos qual classe faríamos parte e onde seriam realizados os nossos estudos. Eles também fizeram um nivelamento oral, para checar o nosso grau de compreensão e reprodução dos conteúdos”, explicou Victor, aluno do 4 º ano de Edificações.
“No certificado, no lugar da nota que estamos acostumados a receber aqui no Brasil, vem os conceitos referentes ao seu nível de destaque na sala, por exemplo, notável ou sobressaliente, como foi o meu resultado”, apontou Gabriella, aluna do 3º ano do curso Técnico Integrado em Eventos.
Imersão & Cultura - Os dois destacaram a imersão vivida, em especial a interação e a troca cultural com as famílias espanholas hospedeiras.
“A parte de imersão é muito rica e interessante porque nos obriga a falar na língua local. Se a gente falasse em português eles não entenderiam. E nem adiantaria arriscar um ‘Portunhol’. A senhora Angelis, que me recebeu, sempre me corrigia e orientava. Todos os dias, na hora do almoço eu aproveitava para conversar, contar sobre o meu dia, na tentativa de conhecer os costumes e pegar o sotaque local. Esses momentos eram quase uma segunda escola. Tivemos aulas formais, de gramática e conversação na instituição, e em casa, outro momento de prática de conversação” contou Victor.
Segundo Gabriella, a experiência em solo espanhol servirá de motivação para continuar os estudos da língua e incentivar os colegas a também buscarem “conhecer e aprofundar os estudos de outro idioma aproveitando as oportunidades que o IFMT nos oferece”.
“A cultura espanhola me marcou muito, foi incrível. Sempre tive um interesse muito grande pelos países hispano hablantes mas nunca tinha estudado espanhol até entrar no IFMT. Isso me fez decidir tentar esse edital da DSRI e tentar realizar esse intercâmbio. Estudar o espanhol mais detalhadamente, conhecer a rotina das pessoas de lá, o estilo de vida e a cultura me impressionaram. A forma como eles conversavam uns com os outros, as expressões usadas, tudo isso me interessou bastante,” observou a jovem.
Já para Victor, além de ampliar sua perspectiva de mundo, também foram marcantes os aspectos histórico e arquitetônico dos lugares visitados.
“Muitas pessoas tomam [a Espanha] como o início da nossa história. É passado ao brasileiro a imagem de um lugar que, junto com Portugal, iniciou a colonização do nosso país. A ponte romana, uma das construções que marcam Salamanca, é datada do século primeiro depois de Cristo. Como estudante de Edificações, me deparar com construções cheias de detalhes foi especial. Brilhavam os olhos ver de perto a riqueza arquitetônica de uma pedra toda esculpida a mão. Na parede da universidade Mayor tem uma lenda de uma rã esculpida, um dos detalhes ocultos. Se você encontrar a rã terá sorte nos estudos ou, se não tiver estudando, voltará a Salamanca, o que pretendemos um dia”, aposta o jovem.
