início do conteúdo

Grupo de pesquisa trabalha para catalogar a diversidade biológica do Parque Estadual do Xingu e ajudar na criação do seu plano de manejo

Publicado por: Campus Confresa / 13 de Março de 2024 às 16:31

Professora Nayara Teixeira em trabalho de campo

No mês da mulher o IFMT Campus Confresa deseja chamar a atenção da comunidade acadêmica com o exemplo de professoras que são cientistas exemplares, apresentando o projeto de pesquisa da professora mestra Nayara Teixeira.

O projeto de pesquisa científica “Conhecimento da biodiversidade das unidades de conservação do estado de Mato Grosso”, coordenado pelo professor Dr. Domingos de Jesus Rodrigues, da UFMT, é uma parceria com a SEMA-MT, que visa conhecer e registrar a diversidade biológica destas unidades. O projeto tem como membro da equipe a professora Nayara Dias Alves Teixeira, que ocupa uma cadeira na docência de Biologia no IFMT Campus Confresa.

No caso específico do Parque Estadual do Xingu, no município de Santa Cruz do Xingu -MT, onde Nayara atua, a proposta é realizar diversas campanhas de campo, e cada pesquisador visitante vai com interesse em um grupo biológico específico. Ela, por exemplo, trabalha com samambaias e licófitas. Outros grupos de pesquisadores fazem o levantamento das espécies de outros vegetais, também de aves, mamíferos, peixes, anfíbios, cobras, dentre outros grupos.

“Está previsto para o ano de 2024 a publicação de um livro catalogando a diversidade do parque. E cada grupo biológico ganhará um capítulo nesse livro,” revela Teixeira.

O Parque Estadual do Xingu fica no município de Santa Cruz do Xingu -MT e faz divisa com o estado Pará. No lado direito é margeado pelo Rio Fontourinha e parte do Rio Xingu. Em alguns pontos, para acessar o parque é necessário atravessar de barco.

O levantamento vai auxiliar na elaboração do Plano de Manejo da unidade de conservação. Esse parque foi criado no ano de 2001 e desde então o plano de manejo não foi estabelecido e o primeiro passo para isto é conhecer, saber quais espécies, qual é a diversidade biológica dessa unidade.

“A região nordeste de Mato Grosso sofre com a falta de recurso humano para trabalhar na área da pesquisa, por isso, existe muita pergunta a ser respondida ainda. O projeto viabiliza a iniciação científica, que é a formação de futuros pesquisadores que possam desenvolver o trabalho na nossa região e demais regiões carentes desse tipo de mão de obra e informações”, comenta a professora Nayara.

“Dentro do parque a SEMA abriu três trilhas com cinco quilômetros de extensão que são marcadas a cada 50 metros e nossos trabalhos são desenvolvidos ao longo dessas trilhas”, diz a professora: “então nós já fomos lá e instalamos parcelas e fizemos o levantamento de samambaias e licófitas nas três trilhas, em breve estarei lá com uma aluna trabalhando com fungos microscópicos e macroscópicos, com o auxílio da professora da UEG, Solange, na identificação desse grupo”.

Esse tipo de pesquisa funciona através de parceria entre várias instituições, de forma mais direta, que nos envolve seria a UFMT, a SEMA e a UEG, e também temos alunos que estão desenvolvendo seus TCCs com dados do parque, eles já foram fazer as atividades de campo onde coletaram dados e agora estão escrevendo seus trabalhos, conta a professora.

O grupo de pesquisa de que Teixeira faz parte se chama GEFlorax, Grupo de estudos da flora da região Araguaia Xingu que, a partir desse projeto de pesquisa, criou no campus Confresa o laboratório de Biologia Vegetal.

“No início foi difícil atrair os estudantes, mas agora temos um grupo grande, temos quatro alunos coletando dados no parque para escreverem seus TCCs sob minha orientação e já tivemos uma aluna, no ano passado, apresentando resumos escritos com dados do Parque no Congresso Nacional de Botânica”, conta, orgulhosa, a professora Nayara Teixeira.

início do rodapé

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso

Avenida Sen. Filinto Müller, 953 - Bairro: Quilombo - CEP: 78043-409

Telefone: (65) 3616-4100

Cuiabá/MT