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Servidores do IFMT-Campus Barra do Garças são destaque na edição especial sobre agroecologia da Revista Panorâmica da UFMT

Publicado por: Campus Barra do Garças / 9 de Agosto de 2021 às 07:29

A última edição da revista online Panorâmica, da UFMT-Campus Araguaia, traz como foco a Agroecologia, com artigos publicados por servidores do IFMT-Campus Barra do Garças, através do Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica no Instituto Federal de Mato Grosso, campus Barra do Garças (NEA-VA).

Esse dossiê apresenta para a comunidade a compilação de resultados que foram possíveis pelo empenho de um grupo de docentes do IFMT-BAG que fomentaram discussões em 2014 para a criação de uma especialização na área de Agroecologia, que teve início, posteriormente, em 2016. Os objetivos foram construídos para apoiar a transição dos atuais modelos de desenvolvimento rural e de agricultura convencional para estilos de desenvolvimento rural e de agriculturas sustentáveis na região.

De acordo com a docente Daisy Rickli Binde, Coordenadora do NEA-VA, o dossiê é o resultado de um esforço conjunto de vários servidores e do IFMT: “O IFMT se envolveu muito, além de todas as parcerias que conseguimos nesse processo todo, com pessoas que vieram ministrar curso ou colaborando direta e indiretamente com a execução de todas as atividades. Foi um trabalho muito importante, executado a muitas mãos, e que possui muita relevância social, essa é a principal questão desse trabalho”.

“O dossiê é um trabalho que está associado a uma produção agrícola sustentável. Isso vai refletir nas nossas mesas, na qualidade de vida do cidadão urbano e que pode ter acesso a um alimento de maior qualidade. É relevante para o produtor rural, que vai ser valorizado através de práticas que respeitam o meio ambiente. Essas práticas, não somente respeitam o meio ambiente, mas também se preocupam em minimizar os gastos, tornando possível ser praticadas por produtores de baixa renda. Esse projeto é importante para o meio escolar, o ambiente de ensino e aprendizado, porque traz dinamismo para as práticas educacionais através da pesquisa e da extensão. A consolidação desse dossiê nos mostra que quando estamos reunidos em prol de um objetivo, nós conseguimos produzir um material de grande importância para a sociedade. Tanto a sociedade externa e a interna, que são os próprios alunos envolvidos” destaca a professora Daisy.

Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica no Instituto Federal de Mato Grosso, campus Barra do Garças (NEA-VA)

Para o fortalecimento das ações do curso, foi criado o Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica no Instituto Federal de Mato Grosso, campus Barra do Garças (NEA-VA), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela Chamada MCTIC/MAPA/MEC/SEAD - Casa Civil/CNPq Nº 21/2016. O núcleo iniciou suas atividades em 2018 e objetivou realizar estudos em agroecologia e produção orgânica para contribuir para a consolidação do desenvolvimento sustentável local e regional e colaborar para o desenvolvimento de uma percepção crítica, criativa e ética da sociedade frente ao modelo agropecuário existente e suas inovações. Tais objetivos foram construídos a fim de buscar como resultado uma sociedade mais justa, calcada na qualidade de vida e na emancipação do ser social, em especial do homem do campo. Além disso, buscou-se possibilitar o acesso ao conhecimento agroecológico nas formas de produção agropecuária e contribuir no fomento, tanto estrutural quanto incremental das políticas públicas em agroecologia.

As ações do núcleo foram alicerçadas em três grandes eixos: ensino, pesquisa e extensão. No primeiro, foram realizados cursos voltados para a capacitação técnica e sensibilização dos envolvidos – comunidade acadêmica, comunidade rural e lideranças. O segundo fomenta a pesquisa a partir de três sistemas agroecológicos: animal, vegetal e humano. Tais eixos devem culminar na extensão rural mediante a viabilização da CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) para valorizar e empoderar o agricultor familiar por meio de princípios dialogais e agroecológicos. Dessa forma, os artigos apresentados trazem nessa ordem os trabalhos realizados e corroboram para desenvolvimento sustentável da região.

Eixo Ensino

O eixo do ensino teve participação fundamental de parcerias como: Funai, Instituto Flor de Ibez, Sítio Mangueiras, Rede de Sementes do Xingu e Cooperafloresta. No âmbito do IFMT sob coordenação da docente Daisy Rickli, em parceria com o técnico em assuntos educacionais, Alexandre Rauh. No processo de instalação de uma avicultura semi-caipira, o servidor Saulo Pereira Cardoso teve papel fundamental principalmente na inclusão dos nossos alunos do ensino médio integrado.

Eixo Pesquisa

Na pesquisa houve trabalho incessante dos docentes: Flávia Tavares Couto Fabian; Elder Cavalcante Fabian, Tassiana Reis Rodrigues dos Santos, Daisy Rickli Binde, João Luis Binde e Ivo Luciano da Assunção Rodrigues, que coordenaram trabalhos de relevância para o desenvolvimento rural sustentável. Os trabalhos foram na área de criação de peixe, de produção de hortaliças agroflorestais, recuperação do solo degradado, compostagem, diagnóstico socioeconômico, ambiental e produtivo da comunidade do Assentamento Serra Verde, produção agroecológica no município de Aragarças – GO e café sombreado. Esse último tema foi resultado da parceria com o docente Glauco Vieira de Oliveira, da UFMT.

Eixo Extensão

Por fim, na extensão, a docente Deise Palaver Garcia escreve sobre as perspectivas para o Assentamento Serra sobre a Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) e o docente Felipe Deodato da Silva e Silva nos apresenta uma revisão sobre a valoração econômica da polinização agrícola como forma de orientar estratégias de proteção aos polinizadores, trazendo mais uma possibilidade de atuação.

Campeonato de Coletas de Sementes (Muvuquinha do Cerrado)

Além do dossiê, vale destacar o artigo publicado anteriormente no volume 33 da mesma revista: “Campeonato de coleta de sementes para reflorestamento do cerrado: conceitos de gamificação e consciência ambiental”. Esse trabalho surgiu a partir da dificuldade que os docentes tiveram em obter sementes para os sistemas agroflorestais e pela necessidade de fazer educação ambiental no IFMT para valoração da biodiversidade do cerrado. Sob coordenação do docente Ivo Luciano da Assunção Rodrigues e colaboração dos servidores: Daisy Rickli Binde, Antonio Carlos de Freitas Silva, Rafael José Triches Nunes e Renata Francisca Ferreira Lopes, foram executados dois campeonatos de coletas de sementes, sendo o segundo realizado durante a pandemia. No entanto, no trabalho há o relato somente do primeiro campeonato, onde foram coletados aproximadamente 65 kg de sementes de 44 espécies diferentes, que foram doadas para a organização parceira, o Flor de Ibez – Instituto de Vida Integral, para implantação de sistemas agroflorestais.

Sobre a Revista

A Revista Panorâmica é um periódico especializado de conteúdo multidisciplinar, aberto à comunidade científica nacional e internacional, arbitrada e distribuída aos leitores do Brasil e de vários outros países. A revista é indexada pelo CAPES, com conceito B5. Esta Revista é editada pelo Campus Universitário do Araguaia, da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT. Publica pesquisas originais nos diferentes campos, sobre temas relevantes envolvendo pesquisas básicas e aplicadas, na forma de artigos originais, comunicações breves e trabalhos de revisão. Os manuscritos poderão ser encaminhados em português, inglês ou espanhol. É vedada a submissão integral ou parcial do manuscrito a qualquer outro periódico. A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores.
(Fonte: UFMT)

A revista pode ser acessada pelo link:

https://revistas.cua.ufmt.br/revista/index.php/revistapanoramica/issue/view/58

Professora Daisy Rickli Binde

Possui Licenciatura em Química pela Universidade Estadual de Londrina (2003), especialização em Bioquímica aplicada (2006) e mestrado em Biotecnologia pela Universidade Estadual de Londrina (2008), onde atuou em pesquisas relacionadas à fixação biológica do nitrogênio. Atualmente é docente/química do Instituto Federal de Mato Grosso - Barra do Garças. Nos últimos anos atua na área de compostagem e sistemas agroflorestais para recuperação de solo degradado.
(Fonte: Lattes)

 

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